Antes, bem antes da Lune Square, havia a ShitdayS.
Formada em julho de 2006, a banda tocava um hardcore melódico com canções bonitas e letras caprichadas, influenciados por Forfun (que era bem diferente àquela época), Display e Blink 182. Essa época nos deu uma versão bem diferente, no melhor estilo “tem que ouvir pra acreditar”, de Coca La Mina, além de uma das músicas mais legais, Indelével.
Tonny Moura, Fish Marques e Rafael Kuey tocavam com o guitarrista Thiago Costa – agora vocalista da Nós e a Máquina do Tempo. Na página (que ainda está disponível) da antiga banda no site Garagem MP3, os garotos definiam a ShitdayS assim:
“(...) A Shitdays faz canções que retratam inúmeras coisas da vida, do amor até o ódio, da diversão até a tristeza (...) com uma formação nada louca e divertida (...), misturando música com agitação e claro, além de qualquer coisa, nos divertimos.”
Além da coincidência dos integrantes, já dava pra perceber muitas coisas do estilo Lune Square presentes, não? Nossa Lua Quadrada, mesmo na época dos “dias de merd@”, tinha a empolgação e alegria tão familiares a nós, que os vemos sobre os palcos.
Em certa entrevista a Ubirajara Lopes para o antigo Jornal Underground (que pode ser lida no Nutallo) os garotos contaram que, com a chegada de Thiago, começaram as mudanças na sonoridade. Daí foi só mais um passo até a resolução de mudar de nome e estilo. A proposta divertida combinava perfeitamente com as loucuras que gostavam de apresentar nos shows.
“Um novo projeto, um novo som, o mesmo sonho. Sempre demos valor à época da infância, queríamos pôr no novo nome algo que tivesse um quê nesse nipe. Para uma criança nada é impossível, nem mesmo uma lua ser quadrada, foi nisso que pensamos.”, disse Tonny.
Thiago saiu, mas a música continuou: começava a Lune Square.
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Fish, Tonny, Kuey |
Em meados de abril de 2009, assumiram a identidade do powerpop mais animado do nordeste. Foram pioneiros do gênero na região, aliás! Com nosso trio inicial e tendo como referência os sons de Forever The Sickest Kids, Cash Cash, Enter Shikari e Eatmewhileimhot, nossa banda sem baterista invadiu os palcos sob o novo nome pela primeira vez em maio do mesmo ano.
Uma das coisas mais legais é o processo de gravação das músicas: homemade, feitas em casa. Em novembro de 2009 (há dois anos... Já?) lançaram singles. No ano seguinte abriram o show das bandas Restart e Cine (SP) ainda no primeiro semestre. Em julho nos deram o EP Câmbio, Desligo!, composto por 8 músicas – Bifurcação; Câmbio, Desligo!; Amizade Colorida; Coca La Mina; Round 3; Três Palavras Pra Você; Diga Que Sim (Yeah-Yeah); Este Lugar É Pequeno Demais Pra Nós Dois e Lune Square no seu celular!, uma faixa-bônus divertidíssima para celulares.
Na página do dia 6 de novembro de 2010, a banda publicou o comunicado de que Tonny Moura estava deixando o posto de vocalista do Power trio, por motivos pessoais. A busca por uma nova voz começou na internet: os interessados em unirem-se a um dos maiores destaques musicais do estado naquele momento deveriam enviar-lhes vídeos cantando as músicas já conhecidas da Lune Square.
Mas, ao contrário do que todos esperavam , o próximo anúncio não foi o do vocal, mas de um BATERISTA. Roney Gustavo, saído da Write Love, assumia o lugar na bateria – até então inexistente – nos palcos da LS em janeiro de 2011.
Dia 16 do primeiro mês deste ano o mistério que cercava a Lune Square acabou e, num show, Fernando Henrique, também vocalista da Amusia, passou a comandar os vocais lunéticos. Fernando já havia cantado com a banda anteriormente em outros shows, mas agora era pra valer. O primeiro single lançado com a nova voz foi um cover muito legal da música Fugidinha, de Michel Teló.
Em 27 de maio, outra notícia era publicada no Fotolog e espalhada rapidamente pelo Twitter e todas as redes sociais disponíveis: Fernando deixava novamente vago o lugar ao microfone da nossa banda, avisando-nos de problemas com seu tempo e incompatibilidade musical.
A Lune aguentou as pontas. Sempre “dando sinais de vida”, prometendo novidades em breve, os rapazes continuaram segurando o grupo. Em 19 de julho, quase como sinal de recomeço, mudaram de perfil no Twitter. E então, em 28 do mesmo mês, os fãs receberam uma bela – e esperada, desejada, sonhada – novidade: Tonny Moura estava de volta a seu lugar original. Nós, administradoras de fã-clubes, acompanhamos de perto toda a festa que se seguiu ao anúncio. #TonnyVoltou esteve bastante presente nas timelines saudando a nova/velha formação da Lune Square e mostrando a alegria de todos nós pela volta ao trabalho do quarteto.
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Divulgação do Gueto Hong Kong. |
Enfim, em 16 de agosto, após muita expectativa sobre o EP que marca o retorno e reinício do grupo, a hashtag #GuetoHongKong atingiu os Trending Topics do Recife. O final da tarde nos deu sete novíssimas faixas: a divertida Intro; Lugar Nenhum; Nem Aqui, Nem Na China; a regravação de Minibrisa (anteriormente lançada como single); a instrumental Interlude; Quero Te Provar e Capitão Óbvio, uma das mais comentadas dentre todas.
A próxima data marcante para Alisson Marques (o Fish), Rafael Kuey, Roney Gustavo e Tonny Moura (o recém-chegado que nunca foi, realmente) é o dia 20 deste mês, quando poderemos sentir novamente aquela energia que só a Lune Square tem: toda a animação, as loucuras no palco, as brincadeiras e, claro, as músicas que não permitem que alguém fique um momento sequer sem um sorriso no rosto e o corpo em movimento. A LS voltará aos palcos lançando oficialmente seu EP. Chega de saudade.