Dia desses, numa
conversa, minha amiga falou que se lembrou de mim enquanto ouvia Lune Square.
“Sério?”, perguntei. “Sim, porque tua vida é a Lune e tal”, ela respondeu.
Então é isso que parece? Que eu vivo pela Lune??
Sábado passado, 30 de junho, cheguei bem cedo no Zebra
Society Clube. Cedo demais, inclusive. Era noite do Luau do Ximba (Namorados),
evento que teve mais de 800 confirmações no Facebook. As produções do Ximbalada
têm contado com uma ótima reputação, por isso precisava garantir meu espaço entre as 400 pessoas que poderiam
entrar na casa que fica no Janga. Já contava cinco meses sem um show, a
ansiedade chegava à lua.
Quem chegou cedo pôde ouvir o violinista Jessé circulando pelas mesas. Quem quisesse podia beber,
dançar, percorrer o local ou ficar, como eu, em uma das mesas à disposição. O grupo de pagode Simples Olhar começou a
tocar por volta das 11h. Ah, o pessoal se empolgou bastante com o som, se
querem saber! HAHA Tive alguns problemas nesse até o fim do primeiro show e por
muito pouco não perdi a apresentação seguinte. Era a Lune! Eu não podia ir
embora! Para encurtar o que poderia ser a narrativa de uma novela mexicana,
digo logo que fiquei. Prendi os cabelos, ergui a cabeça e a festa era minha. E a melhor de todas.
Encontrei um grande amigo meu no meio das outras 399 pessoas. Segurei sua mão e arrastei-o até a frente. Ao som das primeiras batidas eletrônicas, eu já estava ficando eufórica. Meu amigo perguntou qual era o tipo de som aquela banda, se tocavam covers ou música própria. Tentei explicar a Lune Square, mas deixei que o quarteto o fizesse sozinho. Ximba, lunético assumido, fez um discurso empolgado assim que a LS tomou seu lugar de apresentação. Foi um momento lindo onde um fã de coração pôde expor sua felicidade por estar ali, e a banda retribuiu com um abraço coletivo.
Comecei a esquartejar com os olhos toda a cena, tentando não
deixar nada escapar. Novamente Tonny, sempre encantador (não canso de achar que
este é o adjetivo certo para descrevê-lo), era senhor do seu espaço ao microfone.
Sua voz preenchia tudo enquanto Kuey e Fish emanavam a energia de uma explosão
nuclear. Eles ordenam que o lugar seja alegre, e isso acontece. O Roney? Nossa,
ele faz toda a diferença! Ele brinca, toca e completa toda aquela força que só
a Lune tem. Ele é O Baterista.
Apenas olhem pra Roney |
Não era só eu quem acompanhava cada canção a plenos pulmões. Tonny Moura tem o luxo de deixar o público cantar sozinho... E ele berra. Pula. Dança! Dessa vez, alguns até riram quando ouviram Para Nossa Alegria, hit da internet, sendo tocada. Ou quando It’s Raining Men invadiu o espaço... Ou mesmo na hora em que Fish assumiu a bateria e Roney fez uma apresentação toda especial que só quem viu vai acreditar! HAHAHA Entre uma música e outra, olhei para meu amigo querido. Ele nunca havia ido a um show da Lune Square, mas pude ver nele a empolgação de quem já estava em casa. Era a LS ganhando mais um fã.
Em certo momento, um toquezinho eletrônico me fez reconhecer a música que viria a seguir de imediato. Minha música preferida. Sorri. MEUMOMENTO.
Hoje eu queria te falar,
Te olhar nos olhos, mas em primeiro lugar,
Ficar do teu lado, onde eu quero estar pra
sempre...
Não lembro
direito o que aconteceu fora de mim. Um disco voador poderia pousar na minha
frente e eu sequer perceberia. Fechei os olhos e me deixei levar pela sensação
boa que vinha daquele lugar.
Que
passe devagar... Que passe devagar... Que passe devagar... Que passe devagar...
Mas o show acabou, infelizmente. Quem não se jogou com Capitão Óbvio?? Tivemos que rebolar e dançar até o chão! Eu tive que obedecer às ordens. Não me sobrou muita voz depois de tudo, claro, mas meu sorriso contou a todo mundo como fiquei feliz. Que venha o próximo, que seja logo!
Respondendo à minha amiga lá do início do texto:
não sei se eles são toda a minha vida, mas são boa parte dela. Acompanhar esse quarteto faz tudo muito melhor.
HEY! É A LUNE SQUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARE!!